domingo, 27 de janeiro de 2008

Na cama com Procusto

Procusto é um personagem da mitologia grega que vivia numa floresta, nas proximidades da estrada. Para uns, ele era dono de uma hospedaria, muito cordato, que convidava os viajantes para descansar em seu estabalecimento; outros, pintam-no como um monstro, atacando e levando os peregrinos à sua vivenda, opção esta mais condizente com a sua macabra finalidade: ele os deitava em sua cama e, sendo maiores, cortava-lhes as sobras; fossem menores, esticava-os até ficarem do mesmo tamanho do leito. Procusto, no entanto, não ficou impune. Teseu fez-lhe provar da mesma sessão de tortura: deitou-o atravessado à cama e cortou as partes que dessa sobravam.

Sempre que se fala do mito de Procusto vem à nossa mente a questão da intolerânica, de não admitir o diferente, seja em qualquer aspecto, taxando-o de “errado” ou “anormal” e tentando “ajustá-lo” às nossas concepções. Toda e qualquer intolerância deve ser banida, afinal é o diferente que constrói. Aqui, neste blog, já conversamos sobre isso, numa postagem anterior e agora volto ao tema para falar de um livro.

É da indole comunista buscar uma uniformização, contrária a qualquer aspecto democrático. As artes passam a ser “engajadas”, o ensino “valoriza” as conquistas da “revolução”, existe “democracia”, mas não se pode criticar o governo, pois assim você se torna um “inimigo do Estado”... Certamente contra-argumentarão: “Isso não faz parte do Comunismo!” e eu responderei: “Não? E por que todos os regimes comunistas usam deste artifício asqueroso?”. Assim procedem Hugo Chavez, na Venezuela, e Fidel Castro, em Cuba. Será que os norte-coreanos terão a mesma opinião sobre o comunismo que nós, brasileiros, habitantes de um estado democrático? Prezados, é muito bom sonhar com a igualdade absoluta das pessoas, mas tenham certeza que jamais o Comunismo fará isso. E a História já o demonstrou.

Vocês devem estar se perguntando qual a ligação desse discurso “porco-capitalista” que lhes faço e o livro que pretendo lhes apresentar. Bom, é uma mera introdução ao aplaudido e recomendado livro de George Orwell, A revolução dos bichos. Nesta obra, Orwell, que vivenciou tal período, apresenta-nos uma fábula baseada na era Stalinista da antiga URSS, mostrando a “outra face” do Comunismo (para mim essa sempre foi sua única face). Na fábula, animais de uma fazenda rebelam-se contra os humanos, tomam-na deles e passam a administrá-la seguindo a doutrina do Animalismo. Com o passar dos tempos, no entanto, o que parecia sonho e liberdade, transforma-se na mesma opressão e pesadelo de antes. O final do livro é surpreendente. Para saber onde encontrar esse livro, clique aqui.

Um grande abraço e até a próxima postagem.

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