terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ridendo dicere verum...

A frase que entitula essa postagem vem da Roma Antiga e, numa tradução livre, seria rindo, disse a verdade. Nada mais significa que usar o riso para se criticar determina ação ou expressão. A essa figura de linguagem damos o nome de ironia. Sempre presente na história da Humanidade, desde os tempos mais antigos, os homens a usam para se expressarem e tecerem as mais diversas críticas. Vê-se isso, por exemplo, na Bíblia, livro dos Reis, quando o profeta Elias ironiza a demora do deus Baal apresentar-se diante dos seus seguidores.

No Brasil, marcado pelas mais diversas contradições, essa figura de linguagem se apresenta diariamente, seja nos jornais, com as charges, seja na literatura. Um de nossos maiores ironistas é o Barão de Itararé. Autor das mais diversas máximas e mínimas, foi um crítico ferrenho da sociedade, falando a verdade através do riso e da mofa (ridendo dicere verum...). Afinal, nada impede de se falar a verdade sorrindo, pois, embora o sério e o jocoso sejam antônimos, a sua mistura é fascinante. Eis algumas de suas máximas e mínimas:

Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta...

Não é triste mudar de idéias; triste é não ter idéias para mudar.

O capitalismo é a exploração do homem pelo homem, o socialismo é o contrário.

Todo homem que se vende recebe mais do que vale.

O mal do governo não é a falta de persistência, mas a persistência na falta.

A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.

Senso de humor é o sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria louco de raiva se acontecesse com você.

Para saber onde encontrar os livros dele, clique aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

Grande Saulo! Texto muito bem escrito. Você como jurista é um bom escritor! kkkk
Abraço!
Daniel Carvalho